Dia da Árvore

esta semana o país comemorou mais um aniversário de seu atraso ambiental: O dia da árvore.

Todos nós desejamos viver num mundo melhor, mais pacífico, fraterno e ecológico. Porém, o problema é que esperamos que esse mundo melhor, comece no outro. Por exemplo: esperamos que os outros façam sua parte e não tomamos qualquer tipo de atitude.

É mais fácil ficar reclamando, mas não nos perguntamos se estamos fazendo nossa parte em defesa do planeta. Isso significa mudarmos nossos hábitos e compreender que a natureza não está de um lado e o ser humano do outro. Somos solidários, estamos no mesmo barco, se os recursos naturais forem esgotados pelo homem, o barco dos seres vivos cairá no abismo.

A natureza mostra marcas excessivas do ser humano com o esgotamento dos recursos naturais e ainda poluindo o ar, a água e o solo.

Sabemos que a forma de desenvolvimento adotado é perigosa para a sobrevivência do ser humano no planeta e a eliminação das florestas atende somente às necessidades do presente, comprometendo a sobrevivência das gerações futuras.

Na semana em que comemoramos o Dia da Árvore foi fácil identificar vários buracos para plantar mudas, mas as mudas são festejadas somente no Dia da Árvore. Logo depois morrem por falta de zelo.

Esse processo é identificado também nos projetos de compensação ambiental. Muitos projetos de compensação ambiental só ficam no papel e no marketing. Ninguém audita nada. Ninguém sabe nada. Se as medidas de compensação ambiental não forem cumpridas seria o caso de buscar sua efetivação na justiça. Na verdade se os projetos de compensação ambiental fossem cumpridos estaríamos hoje debaixo de bosques.

Parece-me oportuno dizer que nem o poder público e nem a sociedade civil está disposta a encontrar soluções para enfrentar os problemas ambientais.

Portanto, você pode agir sozinho combinando estudo com ação, mas agir em grupo nos torna mais forte para denunciar ou protestar contra os abusos que comprometem a saúde do planeta e a vida das futuras gerações. Segundo Gandhi “Só existem dois dias do ano que não podemos fazer nada. O ontem e o amanhã”.

Por outro lado, se queremos um planeta preservado de verdade, precisamos nos esforçar para fazer nossa parte, modificando nossa forma de governar com: princípio de preocupação (não esperar o irreparável para agir); princípio da economia e da boa gestão (sabendo usar não vai faltar); princípio da responsabilidade (quem degrada deve recuperar); princípio da participação (todos estamos envolvidos, todos decidimos, todos somos protagonista) e princípio da solidariedade (legar um mundo viável às gerações futuras).

Então, a degradação e o esgotamento dos recursos naturais são provocados exclusivamente pela ganância do homem. “Há o bastante de tudo no mundo para satisfazer às necessidades do homem, mas não o suficiente para saciar sua avidez.” Gandhi (1869-1948).

Ulisses Girardi
Diretor do Grupo Visafértil e Ambientalista

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