Mirlene Picin pode se tornar a maior medalhista brasileira da história em campeonatos sulamericanos.
Em agosto, a atleta mogimiriana pode se tornar a maior medalhista brasileira, entre homens e mulheres, de esportes olímpicos, tanto de inverno quanto de verão, em competições sul-americanas.
No proximo dia 31 de julho Mirlene Picin embarca para competir na primeira etapa do campeonato sul-americano de biathlon 2019. O biathlon é uma modalidade olímpica de inverno que une duas disciplinas (ski cross country + tiro com rifle 22). O evento também é valido como Campeonato Militar CISMM.
A segunda etapa será realizada no final do mês de agosto, mas em Bariloche, na Argentina, conforme a tradição do evento, que acontece sempre nos 2 países, nos últimos 25 anos.
Quadro de medalhas em campeonatos sulamericanos
A maior medalhista brasileira em sulamericanos é Piedade Coutinho da natação, com 30 medalhas.
Piedade Coutinho Tavares da Silva, faleceu em 1997 quando tinha 77 anos. Junto com Joanna Maranhão divide a honra de ter o melhor resultado da história da natação feminina de piscina do Brasil em Jogos Olímpicos. Ficou em 5o lugar nos Jogos de 1936 em Berlim na prova dos 400 livre. Foi três vezes olímpica, 1936, 1948 e 1952. Poderiam ser cinco Olimpíadas, mas com as Grandes Guerras Mundiais não tivemos os Jogos de 1940 e 1944. As medalhas foram conquistadas nas mais diversas provas da natação.
Atrás de Piedade, temos Mirlene, que no momento possui 28 medalhas conquistadas de 2009 a 2018. Do total das 28 medalhas, 23 são em provas que reunem o ski e o tiro, e 5 em provas de ski, todas em eventos válidos como campeonatos sulamericanos (ou continentais) das modalidades olímpicas de inverno.
Na terceira posição, esta a também nadadora Joana Maranhão, com um total de 24 medalhas conquistadas na América do Sul, em provas de piscina curta e longa.
As possibilidades
A esquiadora brasileira possui 6 chances de conquistar medalhas neste ano de 2019.
Todas estarão em jogo no campeonato sulamericano de biathlon, dividido nas duas etapas: Chile e Argentina. Neste ano, Mirlene não compete no sulamericano de ski cross country que acontece em Ushuaia, e com isso não terá a oportunidade de conquistar as duas possíveis medalhas em disputa, nas provas de Distance e de Sprint.
No biathlon serão 3 provas no Chile, na Escola Militar situada na estação de ski de Portillo. Os eventos acontecem de 8 a 12 de agosto, a 3 mil metros de altitude. As outras 3 provas, acontecem na Argentina, na cidade de Bariloche, no centro de ski de Cerro Otto.
Lembrando que o quadro de provas pode ser reduzido, pela condição climática, mal tempo com muita nevasca, ou a ausência de neve, são fatores determinantes para o cancelamento dos eventos. Em 2016 por exemplo, o sulamericano de cross country foi cancelado por falta de neve. Em 2012, a segunda etapa do campeonato sulamericano de biathlon, na argentina, também foi cancelada por falta de neve. Na ocasião Mirlene Picin perdeu a oportunidade de medalhar na segunda etapa e tentar o titulo sulamericano overall (melhor atleta na soma de todas as provas). Acabou a disputa como vice campeã sulamericana overall.
História
Mirlene Picin foi a primeira atleta brasileira do sexo feminino a competir no biathlon de inverno. A estreia aconteceu no sulamericano de 2008. Também foi a primeira mulher brasileira a competir na europa nesta disciplina.
O primeiro homem brasileiro a competir nesta modalidade, estreiou apenas 2 anos antes, em 2006, no campeonato sulamericano. E na europa, estreiou em 2007.
A primeira medalha brasileira no Biathlon entre homens e mulheres também é de Mirlene Picin, um ouro, conquistado na prova de sprint, no sulamericano de 2009.
No quadro de medalhas masculino brasileiro desta modalidade, o brasil possui apenas 1 medalha de ouro conquistada em 2010.
A mogimiriana ainda registra outro dado: É a única brasileira, entre homens e mulheres, campeã sul-americana overall (soma das 2 etapas). O título foi conquistado em 2011 com uma soma de 3 medalhas de ouro e 2 de prata.
“A verdade é que atingir essa marca de mais de 30 medalhas seria muito gratificante e um resultado realmente expressivo, marcante, mas estou tentando tirar essa pressão e pensar de forma diferente. O objetivo é, ao final das 6 provas, figurar entre as 3 primeiras colocadas na somatória geral dos pontos. É claro que figurar entre as 3, significa conseguir medalhas, mas sem essa ideia fixa de entrar para a história. Quero competir bem, e realizar boas provas, ser consistente durante o mês, já que é uma competição longa e intensa, e com o tiro, tudo pode acontecer. Muitas viagens, e locais de condições climáticas extremas. No Chile, competir a 3 mil metros de altitude, não é tarefa fácil.” – Mirlene Picin
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